PÍLULA HISTÓRICA: 2010 - a última competição em piscina longa até agora...

16/06/2015 09:11
De 2011 este ano de 2015, o CAMPEONATO PAULISTA JÚNIOR E SÊNIOR DE INVERNO - TROFÉU SALVADOR GRANIERI SOBRINHO tinha sido disputado em piscina curta, talvez como preparativo para as Copas do Mundo, que eram nos 25 metros. A última vez que uma piscina de 50 metros recebera as feras da natação paulista foi entre 14 e 16 de Abril de 2010, no Parque Aquático Leonardo Speratte, em São Caetano do Sul.
Naquele ano, o torneio, ocorrido semanas antes da edição de Jubileu de Ouro do Troféu Maria Lenk, em Santos, contou com a presença de 294 nadadores de 38 entidades do estado. A maior equipe, à data, era a da Unisanta, então campeã do ano anterior, com 63 atletas. O Pinheiros viera com dois atletas a menos, 61, e o Corinthians, então com parceria do São Bernardo, veio com 22, seguido pelo SERC/São Caetano, 20 atletas.
O forte time azulnegro do Jardim Europa voltaria a conquistar o estado após 6 anos, conquistando o quarto título do certame (sexto contando o Troféu FAP de 1998 e 1999), com 2254 pontos. A Unisanta viera logo atrás, 1476 e o Corinthians completou o pódio com 743. 82 foram os recordes batidos naquela época. 
 
 
Destaque para uma garota recém-vinda de Juiz de Fora que, com o auxílio do seu clube, o Bom Pastor, se apresentava para a natação paulista e brasileira com o melhor índice técnico daquele certame no Júnior 1: Larissa Martins Oliveira, então no Corinthians, que fizera 2:08.86 nos 200 livre, prova da qual atualmente é recordista sul-americana. Larissa também quebrou recorde na categoria nos 100 livre, 59.95 e nos 50 livre, 27.29. À data, ela falou à Liliane Yoshino que "minha prioridade é o Maria Lenk e a seleção Paulista de Anápolis". Imagina onde ela chegou!
Leonardo de Deus, hoje no Corinthians, então no Pinheiros, pelo Júnior 2, também foi um grande nome em São Caetano. Fez 55.87 nos 100 costas, 2:00.83 nos 200 borboleta (hoje a principal prova dele), 2:02.21 nos 200 costas e 55.20 nos 100 borboleta, e foi o melhor índice técnico e mais eficiente na sua categoria.
Também naquele ano, pelo Júnior 2, Ana Marcela Cunha, então na Unisanta, hoje no SESI, começava uma grande jornada para conquistar o mundo. Venceu e bateu recordes de campeonato nas provas longas (400, 800 e 1500 livre). Uma categoria abaixo, também quem fizera bonito foi Júlia Gerotto, que então defendia o Paineiras, e que depois se mudaria para os EUA e hoje voltou ao Brasil, defendendo o Corinthians. Ela faturou e bateu recordes em todas as provas que disputara: 200 borboleta, 200 e 400 medley e 800 livre.
 
 
No Sênior, tivemos disputas impressionantes nas provas de peito entre as companheiras de Pinheiros Tatiane Sakemi (hoje no Corinthians) e Carolina Mussi (aposentada desde o final do ano passado), onde Sakemi venceu por pouca distância em ambas as provas. Bruno Fratus (Pinheiros) também já dominava as provas de 50 livre, onde fez 22.45. Também os então pinheirenses Beatriz Travalon e Arthur Mendes Filho, que assim como Fratus estão em Auburn (sendo que Arthur agora está no Timão) já começavam a mostrar serviço. Mendes foi o mais eficiente de sua categoria, vencendo os 100 e 200 borboleta e costas. Travalon venceu os 50 e 100 peito. Era o início de uma grande caminhada. Aqui você confere os resultados completos daquela competição, onde todos visavam o Lenk. Quem dera voltasse a ser assim.
Agora, cinco anos passado, a expectativa é que grande parte destes recordes vire poeira na Unisanta.
 
(fotos de Liliane Yoshino)